Horas antes de ser internado em São Paulo nesta quinta-feira (10), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) rejeitou a articulação do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), por uma possível redução de penas aos condenados pelos atos de 8 de janeiro. Bolsonaro defendeu uma “anistia ampla, geral e irrestrita”.
A declaração foi feita durante almoço com advogados de direita. Ele disse que não há interesse em modulação de penas e voltou a pressionar pela votação do projeto no Congresso.
– Agora, tivemos um ponto de inflexão. Enchendo a bola da minha esposa aqui, que falou muito bem na Paulista, dirigindo-se ao ministro Fux. Ali, no meu entender, foi uma fissura que apareceu. Um outro lado que parecia impossível. A modulação não nos interessa. Redução de penas não nos interessa. O que nos interessa, sim, é anistia ampla, geral e irrestrita – afirmou Bolsonaro durante o almoço.
A fala ocorre após reunião com Hugo Motta, na quarta-feira (9), fora da agenda oficial. O deputado tem articulado com o STF e o Planalto uma saída para aliviar penas dos envolvidos. Bolsonaro, no entanto, quer urgência para aprovar o texto original da anistia.
No mesmo evento, o ex-presidente mencionou o discurso de Michelle Bolsonaro na Avenida Paulista, quando ela pediu ao ministro Luiz Fux que não deixasse “mães na cadeia”. Ele considerou o gesto um “ponto de inflexão”.
Bolsonaro também amenizou as críticas do pastor Silas Malafaia ao parlamentar. Segundo o ex-presidente, por não conhecer o funcionamento do Congresso Nacional, o pastor não entende que “não dá para resolver na pancada”.
A internação de Bolsonaro, no Hospital Vila Nova Star, foi para exames relacionados a problemas intestinais. O estado de saúde é estável.
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