A Polícia Federal investiga servidores da Agraer (Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural de Mato Grosso do Sul) por falsificar documentos usados em processos de titulação de terras da União no Pantanal. De acordo com a PF, eles manipulavam informações para beneficiar particulares com áreas dentro do Parque Estadual do Pantanal do Rio Negro, em região de fronteira.
Além dos servidores da Agraer, a investigação aponta o envolvimento de fazendeiros, empresários e até uma empresa de georreferenciamento, a Toposat, no esquema. O grupo também atuava na emissão e comercialização ilegal de Cotas de Reserva Ambiental (CRAs), títulos utilizados como compensação por desmatamento em outras áreas.
A operação foi deflagrada nesta quinta-feira (8), com 11 mandados de busca e apreensão cumpridos em Campo Grande e Rio Brilhante. Também foram alvos condomínios de luxo como TerraVille, Dama 1 e 3, e Alphaville 4.
A Justiça determinou o bloqueio de valores e o sequestro de bens que podem ultrapassar R$ 3 milhões. Os investigados poderão responder por associação criminosa, falsidade ideológica, inserção de dados falsos em sistema público, usurpação de bens da União e crimes ambientais.
Comentários: