Com um prejuízo de R$ 2,6 bilhões em 2024 e um rombo patrimonial de R$ 4,4 bilhões, os Correios recorreram a dois empréstimos emergenciais em dezembro do ano passado, totalizando R$ 550 milhões — mesmo após utilizarem R$ 2,7 bilhões em aplicações financeiras para cobrir obrigações no período.
Apesar da grave crise financeira, a estatal gastou R$ 38,4 milhões em patrocínios durante o governo Lula. Entre os beneficiados estão:
-
Lollapalooza (R$ 6 milhões)
-
Turnê "Tempo Rei", de Gilberto Gil (R$ 4 milhões)
-
Festival de Parintins (R$ 400 mil)
-
Festival CoMA (R$ 350 mil)
-
Orquestra Criança Cidadã (R$ 500 mil)
A justificativa da empresa foi a de “fortalecer a imagem junto ao público jovem” e “valorizar a cultura brasileira”.
Enquanto isso, o plano de saúde dos funcionários da estatal, a Postal Saúde, acumula um rombo de R$ 400 milhões. Os Correios não fazem repasses desde novembro de 2024, levando hospitais e clínicas como a Rede D’Or, Unimed, Dasa e Beneficência Portuguesa a suspenderem o atendimento aos beneficiários.
A crise na estatal se aprofunda sob a gestão de Fabiano Silva dos Santos, nomeado por Lula em agosto de 2023 e ligado ao grupo Prerrogativas. Com quase 200 mil beneficiários dependentes da Postal Saúde, a falta de repasse da empresa ameaça diretamente o atendimento básico de funcionários e familiares.
Mesmo diante do colapso financeiro e da deterioração dos serviços básicos, os Correios priorizaram patrocínios culturais enquanto recorriam a empréstimos bancários para pagar contas básicas.
Comentários: