Apesar de estar em crise, os Correios gastaram R$ 38,4 milhões em patrocínios no governo Lula (PT). O valor inclui R$ 6 milhões para o Lollapalooza e R$ 4 milhões para a turnê Tempo Rei, de Gilberto Gil, que foram desembolsados em 2024.
A empresa estatal disse que o contrato com o Lollapalooza buscou fortalecer a “imagem de inovação junto a um público jovem, que não teve tanta experiência com a empresa”, com potencial de “agregar valor à marca, possibilitando associar sua marca a um dos maiores eventos de música do país e do mundo”.
Já a respeito do patrocínio aos shows de Gilberto Gil, os Correios alegam que querem “agregar valor à sua marca considerando se tratar da última turnê do artista, (com a) expectativa que a mesma atraia a atenção de um público estimado em aproximadamente 800 mil pessoas em shows realizados no Brasil, Europa e Estados Unidos”.
Em 2024, a estatal teve déficit de R$ 3,2 bilhões.
Crise nos Planos de Saúde
Repasses para a Postal Saúde – o plano de saúde dos funcionários da instituição – não têm sido feitos desde novembro de 2024, deixando um rombo de R$ 400 milhões na operadora de autogestão em saúde. Vários hospitais pararam de atender o plano.
Em plena crise financeira , os Correios não fazem repasses para o custeio da Postal Saúde, operadora de autogestão de planos para funcionários da estatal, desde novembro de 2024. O Radar apurou que o rombo já chegou a 400 milhões de reais.
Diante do calote, vários prestadores da rede credenciada da Postal Saúde comunicaram à empresa a suspensão unilateral do atendimento a beneficiários da operadora dos Correios, entre eles Rede D’Or, Unimed, Dasa, grupo Kora e Beneficência Portuguesa (BP).
Fundada em 2013, a Postal Saúde tem cerca de 200.000 beneficiários, entre funcionários dos Correios e dependentes, e uma rede credenciada com 13.000 prestadores em todo o Brasil. A operadora depende dos repasses da estatal para pagar os contratos.
Desde agosto de 2023, os Correios são comandados pelo advogado Fabiano Silva dos Santos, ligado ao Grupo Prerrogativas. Naquele mesmo ano, a empresa estatal direcionou R$ 3,3 milhões para patrocínios, incluindo 400 mil para a apresentação dos bois Caprichoso e Garantido, no Festival de Parintins, no Amazonas, R$ 500 mil para a Orquestra Criança Cidadã, em Pernambuco, e R$ 350 mil no Festival CoMA, em Brasília (DF). As informações são da coluna Radar, da Veja.
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