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Quarta-feira, 12 de Novembro de 2025

Política

Fraude no INSS: Filho de ministro de Lula atuou para entidade investigada, diz site

O objetivo do encontro, segundo o documento, era aproximar o Cebap do INSS e discutir formas de “colaboração mútua”.

Redação
Por Redação
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Fraude no INSS: Filho de ministro de Lula atuou para entidade investigada, diz site
Ricardo Lewandowski Foto: Robson Alves/MJSP
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Um documento entregue à CPI do INSS mostra que Enrique Lewandowski, filho do ministro da Justiça Ricardo Lewandowski, participou de uma reunião com a direção do órgão em dezembro de 2024, na condição de advogado do Centro de Estudos dos Benefícios dos Aposentados e Pensionistas (Cebap), alvo de investigações por fraude em descontos em benefícios de aposentados.

Conforme noticiou o Pleno News, a ata registra que Enrique e outros dois advogados — Igor Tamasauskas e Marcello de Camargo Teixeira Panella — se reuniram em 20 de dezembro, na superintendência do INSS em São Paulo, com o então presidente Alessandro Stefanutto e o procurador-geral Virgílio de Oliveira Filho, ambos demitidos após a Operação Sem Desconto.

O objetivo do encontro, segundo o documento, era aproximar o Cebap do INSS e discutir formas de “colaboração mútua” em meio a pressões do TCU, que cobrava medidas para barrar descontos irregulares. O contrato de Enrique com o Cebap já havia sido revelado pelo portal Metrópoles, mas a ata agora comprova tratativas diretas com o órgão.

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A Operação Sem Desconto apura que o Cebap e outras duas entidades arrecadaram R$ 456 milhões em cobranças de aposentados em 2024. Apenas o Cebap teria movimentado R$ 148,6 milhões entre maio de 2023 e janeiro de 2025.

Enrique afirmou que a reunião foi “de trabalho” e que deixou a entidade após a deflagração da operação da PF, em abril deste ano. Ele disse que atuou apenas dentro de sua função como advogado:
— O INSS identificou um problema e nosso cliente tinha problemas. Fomos conversar para achar soluções, sobre como a empresa poderia se adequar a uma nova normativa.

O Ministério da Justiça negou conflito de interesses, ressaltando que a PF e a CGU investigaram o caso “com absoluto rigor”.

O relator da CPI, deputado Alfredo Gaspar (União Brasil-AL), disse ao Estadão que a atuação de escritórios de advocacia em nome das associações é um dos focos da investigação.

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