Nenhum dos 76 deputados do Partido dos Trabalhadores (PT) assinou o requerimento para a criação da CPMI que investigará fraudes em descontos aplicados a aposentadorias e pensões do INSS.
O documento, apresentado na segunda-feira (12), reuniu 259 assinaturas — 223 de deputados e 36 de senadores —, a maioria da oposição. Entre os partidos da base do governo, apenas o PSB teve adesão, com seis parlamentares apoiando.
A comissão foi proposta pela senadora Damares Alves (Republicanos-DF) e pela deputada Coronel Fernanda (PL-MT), com foco em um esquema bilionário revelado pela Polícia Federal e pela CGU. As fraudes teriam ocorrido entre 2019 e 2024, com desvio estimado de R$ 6,3 milhões.
A operação "Sem Desconto", da PF, cumpriu 211 mandados de busca e apreensão e seis de prisão temporária. O golpe envolvia falsificação de assinaturas e falta de documentação para autorizar os descontos.
O requerimento aponta falhas internas no INSS que permitiram as fraudes. O ex-presidente do órgão, Alessandro Stefanutto, foi afastado e depois demitido. A crise também levou à saída do ministro da Previdência, Carlos Lupi (PDT).
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