O ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, Mauro Cid, teria mentido ao Supremo Tribunal Federal (STF) e desrespeitado ordens do ministro Alexandre de Moraes. Segundo a Veja, Cid usou um perfil oculto no Instagram para manter contato com aliados e divulgar versões diferentes das apresentadas à Polícia Federal.
Cid está proibido de usar redes sociais e de se comunicar com outros investigados. O acordo de delação que ele firmou também não permite mentiras ou versões contraditórias. Se confirmadas, as violações podem anular os benefícios que ele conseguiu com a colaboração.
As mensagens reveladas mostram que Cid criticava o STF e acusava Moraes de já ter a “sentença pronta”. Também dizia que estava sendo pressionado e manipulado durante os depoimentos.
Durante interrogatório no STF, Cid negou ter usado redes sociais e disse que não sabia se o perfil investigado era da esposa. A defesa de Cid afirma que as capturas de tela divulgadas são falsas e que não há provas de que ele tenha enviado as mensagens.
Ainda segundo a Veja, Cid afirmou nas conversas que nunca acusou Bolsonaro de tentar um golpe. “Eu falava que o PR não iria fazer nada”, teria escrito.
“Não precisa de prova!!! Só de Narrativas!!!! E quando falam de provas… metem os pés pelas mãos… Como foi com FM… que não viajou aos EUA”, teria dito o ex-ajudante de ordens.
As mensagens teriam sido trocadas entre janeiro e março de 2024, quando Cid usava tornozeleira eletrônica e já estava sob restrições da Justiça.
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