MS Conservador - Seu Portal de Notícias e Informações Relevantes

Sexta-feira, 31 de Outubro de 2025

Política

Com avanço da direita, Lula volta a mostrar preocupação com o Senado: “Serão maioria”

“Eles já têm 25 senadores. Se eles elegerem 17, vão para 41 e vão fazer maioria no Senado”, afirmou.

Redação
Por Redação
/ 55 acessos
Com avanço da direita, Lula volta a mostrar preocupação com o Senado: “Serão maioria”
Ricardo Stuckert / PR
IMPRIMIR
Espaço para a comunicação de erros nesta postagem
Máximo 600 caracteres.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a dar sinais claros de incômodo com o crescimento da direita no cenário político nacional. Durante o 17º Encontro Nacional do PT, o petista fez questão de alertar sua base sobre o risco de a oposição conquistar a maioria no Senado Federal em 2026. Mais do que um aviso estratégico, a fala escancarou o verdadeiro temor do presidente: perder o controle sobre uma Casa Legislativa que tem poder de frear — ou aprovar — pautas sensíveis para o governo e, sobretudo, julgar ministros do STF.

“Eles já têm 25 senadores. Se eles elegerem 17, vão para 41 e vão fazer maioria no Senado”, afirmou, em tom de alerta. A frase, que pode passar despercebida aos desatentos, carrega um forte recado: o Planalto enxerga o avanço conservador como uma ameaça concreta à estabilidade do seu projeto de poder.

Mais do que números, Lula demonstra preocupação com a crescente pressão por responsabilização de ministros do Supremo Tribunal Federal. A direita, que ganha musculatura nas redes e nas ruas, vem defendendo abertamente o impeachment de membros da Corte — algo que, apesar de inédito, não é mais considerado impensável. E Lula sabe disso.

Leia Também:

A insistência do presidente em reforçar a importância das eleições para o Senado não é nova. Em junho, ele já havia feito o mesmo discurso em evento do PSB. A estratégia parece ser a de criar uma “blindagem institucional” que mantenha o STF confortável, mesmo diante de decisões cada vez mais impopulares e de uma atuação questionada por amplos setores da sociedade.

No entanto, o discurso de Lula também revela uma contradição. O presidente critica políticos que se lançam candidatos sem articulação partidária, mas se esquece que sua própria legenda, o PT, enfrenta dificuldades em renovar lideranças e dialogar com o eleitorado fora de seus redutos tradicionais. A esquerda parece mais preocupada em proteger o establishment do que em ouvir a voz das ruas.

O medo de Lula é legítimo do ponto de vista político, mas é também um sintoma do enfraquecimento de sua base e da crescente insatisfação popular com instituições que, aos olhos de muitos, deixaram de agir com imparcialidade. Ao tentar transformar o Senado em escudo para o STF, Lula acaba escancarando o que realmente está em jogo em 2026: não apenas cadeiras legislativas, mas o futuro do equilíbrio institucional no país.

Comentários:
Redação

Publicado por:

Redação

Saiba Mais