Movimentos de direita planejam tomar as ruas das principais capitais do país no próximo domingo, dia 3 de agosto, em uma nova onda de manifestações intitulada “Reaja Brasil”. A mobilização, segundo os organizadores, pretende expressar o descontentamento popular com decisões recentes do Supremo Tribunal Federal (STF), da Procuradoria-Geral da República (PGR) e do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Os atos estão sendo articulados por figuras de destaque da oposição, como o pastor Silas Malafaia, os deputados federais Nikolas Ferreira (PL-MG), Gustavo Gayer (PL-GO), Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), o senador Magno Malta (PL-ES) e o deputado estadual Tomé Abduch (Republicanos-SP). Os organizadores afirmam que a iniciativa responde a um “clamor social” que tem ganhado força nas redes sociais nas últimas semanas.
Silas Malafaia confirmou presença na manifestação de São Paulo, marcada para as 14h na Avenida Paulista, um dos principais palcos de protestos do país.
Bolsonaro não poderá comparecer
Mesmo sendo considerado o principal nome da direita brasileira, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) está impedido de participar das manifestações por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do STF, que na última sexta-feira (18) impôs uma série de medidas cautelares ao ex-mandatário, sem que haja qualquer condenação judicial.
Entre as restrições, Bolsonaro foi obrigado a usar tornozeleira eletrônica, cumprir recolhimento domiciliar das 19h às 6h nos dias úteis e em tempo integral nos fins de semana e feriados. Também está proibido de manter contato com autoridades estrangeiras, embaixadores e de se aproximar de representações diplomáticas. As medidas foram solicitadas pela Polícia Federal e tiveram parecer favorável da PGR.
Além disso, Bolsonaro está impedido de manter contato com seu filho, o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), o que ampliou ainda mais o tom de indignação entre seus apoiadores.
Protestos prometem recado direto ao Judiciário
O movimento “Reaja Brasil” busca, segundo seus líderes, denunciar o que consideram “abusos de autoridade” e “perseguição política” contra representantes da direita. O grupo também critica a atuação do procurador-geral da República, Paulo Gonet, apontado por eles como conivente com o que chamam de excessos do Judiciário.
Os organizadores esperam grande adesão popular e garantem que os atos serão pacíficos, mas com forte mensagem política em defesa da liberdade de expressão, do devido processo legal e contra o que classificam como uma “escalada autoritária no país”.
 
                     
                         
                                                             
                                             
                                             
                                             
                                                                     
                                                                     
                                                                     
                                                                     
                
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