Enquanto o Brasil aumenta impostos, endurece nas políticas econômicas e fiscais sob o governo de esquerda, o Paraguai vive o efeito inverso: virou destino preferido de quem busca menos impostos, menos burocracia e mais liberdade para empreender.
De acordo com a Direção Nacional de Migrações, 17.139 brasileiros fixaram residência formal no Paraguai em 2024, o maior número da história. O total representa 60,21% de todos os estrangeiros que se mudaram para o país no último ano.
Sob o comando do presidente Santiago Peña, do conservador Partido Colorado, o Paraguai recebeu 29.124 solicitações de residência — um crescimento de 10% em relação a 2023. Além dos brasileiros, vieram argentinos (4.121), alemães (1.071), bolivianos (794), espanhóis (466) e até norte-americanos e russos (416 cada).
A explicação é simples: impostos baixos e segurança jurídica. O imposto de renda pessoal no Paraguai é de 10% para rendas anuais acima de cerca de US$ 39 mil, e 8% para rendimentos equivalentes a 72 salários mínimos. Empresas também encontram alíquotas reduzidas e regras claras — um contraste gritante com a alta carga tributária e o ambiente de instabilidade política e econômica no Brasil.
Analistas chamam o movimento de “fuga tributária”, mas, para muitos, é também uma fuga ideológica. O crescimento do intervencionismo estatal e o avanço de pautas progressistas no Brasil têm levado empresários, profissionais liberais e investidores a cruzar a fronteira.
Enquanto Brasília fala em taxar grandes fortunas e aumentar a arrecadação, Assunção abre as portas para o capital estrangeiro e comemora o saldo positivo. Nas palavras de Peña, o fluxo de novos residentes “é prova de confiança internacional” no rumo do país.
O resultado é claro: enquanto o Brasil debate mais controle e tributação, o Paraguai colhe o investimento e o talento que fogem daqui.
Comentários: